Lembro-me do grande tempo da minha infância em que trabalhava na feira livre de Itabaiana, eu no inicio comprei um pequeno balaio e fui carregar frete, neste tempo tudo que se fazia dava certo até vender água na quartinha de barro dava pra você ganhar dinheiro na feira livre de Itabaiana considerada uma das maiores feira livre do estado da Paraíba, eu sempre fui um moleque franzino magro de dá dó, até os dias atuais eu ainda continuo do mesmo jeito magro mantendo assim esta bela forma de antigamente, igualzinho no passado.
Como toda criança eu gostava de ter minhas coisas então resolvi comprar um balaio para carregar feira em Itabaiana, nesta época eu morava na casa de minha avó na maloca então acordava ás cinco horas da manhã para seguir para o centro da cidade de Itabaiana onde se realiza feira livre de nossa cidade,
o meu balaio era pequeno, pois eu não tinha muita força para carregar muito peso na cabeça, era um trabalho sofrido mais no final da feira com alguns trocados no bolso eu voltava para casa feliz da vida com imenso sorriso no rosto depois de ter dado um duro para carregar o dia todo, depois passei a vender sal eu chegava a vender uns cincos a seis sacos por feira, fui vendedor de din-din e de picolé, fiz tudo que pudesse ganhar meu próprio dinheiro, mesmo não tendo o dom de ser um bom comerciante, pois não era minha área, mais durante esta época ganhei muita experiência na minha vida, eu assim pude ter em minha pequena historia mais inspiração para que hoje pudesse contar esse tempo bom de nossa vida na cidade de Itabaiana, foi assim que vi muitas coisas boas na feira livre de nossa cidade, feira de banana e feira de mangais, quanto tempo faz desta época de ouro de nossa Itabaiana onde a juventude deste tempo vivia trabalhando para conquistar o que queria para sua vida e o melhor é que a saudade desta época é muito boa e nós traz grandes recordações. Saudade daquela multidão passando de um lado para o outro, gente que chegava de todas as partes da cidade, era carro e ônibus trazendo as pessoas da zona rural de Itabaiana e de outras cidades vizinhas como Pilar, Mogeiro, Salgado de São Felix, Juripiranga, São Jose dos Ramos, Pedras de Fogo e Timbaúba. Isto tudo me chamava á atenção, assim me lembro de quanto foi importante para minha vida esta época de ouro onde a juventude procurava trabalho para conquistar de uma forma boa suas próprias coisas, com seu próprio trabalho onde a criatividade era um grande diferencial destas conquistas.
Hoje essa saudade é uma joia rara na minha memória que lembro com um imenso prazer, o tempo de grandes lembranças em nossa vida que faz sentir uma grande emoção na minha alma, um passado de uma grande magia e de uma bela Itabaiana das terça feira, do grande movimento de carros e de gente que chegava a nossa cidade, para deixar um pouco do seu trabalho ou para ganhar a vida como comerciante em nossa feira livre assim continua até os dias de hoje nas terça feira na rainha do vale do Paraíba.
A feira de Itabaiana é conhecida em qualquer região da paraiba. uma feira linda de pessoas trabalhadoras. de gente humilde procurando seu lugar ao sol...
ResponderExcluirRicardo A. Ernst
verdade Ricardo obrigado pelo o comentário.
ExcluirPoeta Edriano Silva
Edriano,
ResponderExcluirTambém na minha infância fui vendedor na feira de Itabaiana e assim tinha meus trocados para assistir os famosos seriados e filmes faroeste que passava no cinema Ideal de Zé Medeiro.
Na feira eu vendia sabão em barra, ficava sentado na calçada do antigo mercado, colocava as barras sobre as caixas e as vendia enroladas em papel de jornal.
Outro local que vendi muito pirulito, cocada e água de quartinha, foi na estação ferroviária, principalmente nos dias em que os trens faziam baldeação. O movimento era grande e bem que vendia. Naquele tempo as crianças e adolescentes pobres trabalhavam cedo com dignidade para seus gastos pessoais e ajudar a família. Hoje ainda existe, mas são muito poucas, a maioria toma o rumo de vida errado.
Orlando Araujo
agradeço por seus comentários,por suas lembranças deste tempo bom de itabaiana.
ExcluirPoeta Edriano Silva