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"IMPRENSA É OPOSIÇÃO. O RESTO É ARMAZÉM DE SECOS E MOLHADOS". MILLÔR FERNANDES

2 de julho de 2013

Pedido de plebiscito é oficial

Brasília. A presidente Dilma Rousseff afirmou,  que vai mandar hoje (02) minuta com as “balizas” que nortearão a convocação de um plebiscito para a reforma política pelo Congresso Nacional.

Ela interrompeu reunião ministerial que estava em curso, no início da noite de hoje, na Granja do Torto, em Brasília, para anunciar a decisão. Segundo ela, não serão enviadas sugestões de perguntas, mas “linhas gerais” para a elaboração da consulta popular.
“Uma consulta sobre reforma política não pode ser exaustiva no sentido de que tenha muitas questões”, disse. “Nós não vamos dar sugestão de pergunta porque não somos nós que vamos fazer as perguntas”, completou. “Está claro na Constituição: quem convoca, quem tem poder convocatório é o Congresso Nacional – Câmara e Senado. Por isso eu insisti na palavra: é uma sugestão.”

A presidente Dilma Rousseff, depois da onda de protestos pelo país, convocou para o fim da tarde de hoje a primeira reunião com seus ministros neste ano. Foi a terceira reunião ministerial que Dilma convocou desde o início do seu mandato. Outras aconteceram em 2011 e 2012, sempre no início do ano, geralmente para encaminhar diretrizes administrativas para o ano.
Felipão. Durante o encontro, a presidente Dilma Rousseff disse que não fará demagogia para cortar gastos públicos, mas não apresentou nenhuma proposta para reduzir despesas. Mesmo sem citar diretamente o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, Dilma deu uma alfinetada no tucano ao afirmar que não reduzirá sua equipe.
“Eu não farei demagogia de cortar gastos que não ocupo, mas eu vou cortar gastos e também vou tentar olhar onde e em que setor é possível fazer isso”, argumentou Dilma.
“Cortar Bolsa Família jamais. Não esperem de mim reduzir gasto social. Não há hipótese disso.”

Na semana passada, Alckmin anunciou uma lista de medidas para cortar despesas que incluem a extinção de secretarias e autarquias, com o objetivo de compensar a redução das tarifas de ônibus. A oposição tem criticado Dilma por propor um plebiscito para impulsionar a reforma política sem antes reduzir o número de ministérios nem outras despesas de custeio.
“O povo, nas ruas, não pediu redução de direito social e o meu governo não fará isso”, insistiu a presidente. “O meu governo é padrão Felipão”, completou, em referência à seleção brasileira.
Fonte: OTP

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