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"IMPRENSA É OPOSIÇÃO. O RESTO É ARMAZÉM DE SECOS E MOLHADOS". MILLÔR FERNANDES

12 de abril de 2013

Aprovado projeto de lei sobre obra de Fábio Mozart em Mari


O vereador de Mari, Gugu Xavier (PTdoB), confirmou na noite desta terça-feira (9), que foi aprovado por unanimidade o Projeto de Lei de sua autoria que inclui na grade curricular da rede pública de ensino do Município o livro “Mari, Araçá e outras árvores do paraíso”, de Fábio Mozart (foto), contando a história da cidade em versos de cordel.

Para o autor, a utilização de fontes da cultura popular nas escolas de ensino fundamental e médio é muito importante para a formação dos alunos. “O uso da literatura de cordel em atividades de disciplinas como História é um caminho para a construção do conhecimento baseado na realidade local e no cotidiano do aluno”, frisou  “Agradeço ao vereador Gugu Xavier pela deferência em ter escolhido meu trabalho sobre Mari para ser o primeiro livro de autor local a fazer parte do currículo escolar do município, cidade onde morei por doze anos e pela qual tenho grande afeição”, complementou Fábio Mozart.

O ensino de Língua Portuguesa manteve a característica elitista até 1967, quando se iniciou no Brasil um processo de democratização do ensino. Com isso, a multiplicação de alunos, as condições escolares e pedagógicas, as necessidades e as exigências culturais passam a ser outras. Passavam a frequentar a escola um número maior de falantes de variedades do português distantes do modelo tradicional cultivado pela escola. Houve um choque entre modelos e valores escolares e a realidade dos falantes. Nesse contexto, o ensino da Língua Portuguesa procurava novas propostas pedagógicas que suprissem as necessidades trazidas por esses alunos, a presença de registros linguísticos e padrões culturais diferentes do até então admitidos na escola. Entre esses registros, está a literatura de cordel, antes restrita às populações do interior, com pouca ou quase nenhuma instrução formal.

Para Fábio Mozart, Mari é o primeiro município na Paraíba a adotar uma obra cordelesca na grade curricular das suas escolas.  “O fato de a literatura de cordel estar muito direcionada às temáticas sociais torna ainda mais importante a ampliação de espaços para o ensino desse gênero”, acredita ele.

Fonte: Tribuna do Vale

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